Imagem: tela de Francine Van Hove
sou assim, não tenho cura; as lembranças sempre me atravessam e me dilaceram.
faz tanto tempo e eu nunca me esqueci...
foi na última hora de uma madrugada de chuva e vento; eu o segurava forte junto ao peito e meu coração, já sem rumo, chorava tão alto, que ecoava naquele outro corpo, onde nada mais pulsava, onde só o silêncio imperava.
não tinha mais forças, não sabia como lutar contra a determinação da ausência e me deixei ali ficar, estática, com a minha perda tatuada na alma.
não sei quem o tirou dali, quem o levou de mim, deixando este eterno vazio entre os meus braços.
só sei que, desde então, eu nunca mais sorri por dentro.
(mas minto que sou feliz e minto tanto e com tanta veracidade, que até eu mesma, de vez em quando, consigo acreditar nessa tal felicidade, inventada só da boca pra fora).
faz tanto tempo e eu nunca me esqueci...
foi na última hora de uma madrugada de chuva e vento; eu o segurava forte junto ao peito e meu coração, já sem rumo, chorava tão alto, que ecoava naquele outro corpo, onde nada mais pulsava, onde só o silêncio imperava.
não tinha mais forças, não sabia como lutar contra a determinação da ausência e me deixei ali ficar, estática, com a minha perda tatuada na alma.
não sei quem o tirou dali, quem o levou de mim, deixando este eterno vazio entre os meus braços.
só sei que, desde então, eu nunca mais sorri por dentro.
(mas minto que sou feliz e minto tanto e com tanta veracidade, que até eu mesma, de vez em quando, consigo acreditar nessa tal felicidade, inventada só da boca pra fora).
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